Um lindo poema de Augusto Frederico Schmidt que descobri ao assistir o DVD ''Elis: Na Batucada da Vida'', pois ela encantadoramente declama esta obra prima da literatura brasileira (em negrito, as partes que Elis cita): ''Ele tinha uns ombros estreitos, e a sua voz era tímida, Voz de um homem perdido no mundo, Voz de quem foi abandonado pelas esperanças, Voz que não manda nunca, Voz que não pergunta, Voz que não chama, Voz de obediência e de resposta, Voz de queixa, nascida das amarguras íntimas, Dos sonhos desfeitos e das pobrezas escondidas. Há vozes que aclaram o ser, Macias ou ásperas, vozes de paixão e de domínio, Vozes de sonho, de maldição e de doçura. Os ombros eram estreitos, Ombros humildes que não conhecem as horas de fogo do amor inconfundível, Ombros de quem não sabe caminhar, Ombros de quem não desdenha nem luta, Ombros de pob...
Eis-me aqui como penso, como falo, como sou.