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Mostrando postagens de novembro, 2011

Retrato do Desconhecido

Um lindo poema de Augusto Frederico Schmidt que descobri ao assistir o DVD ''Elis: Na Batucada da Vida'', pois ela encantadoramente declama esta obra prima da literatura brasileira (em negrito, as partes que Elis cita): ''Ele tinha uns ombros estreitos, e a sua voz era tímida,  Voz de um homem perdido no mundo,  Voz de quem foi abandonado pelas esperanças,  Voz que não manda nunca,  Voz que não pergunta,  Voz que não chama,  Voz de obediência e de resposta,  Voz de queixa, nascida das amarguras íntimas,  Dos sonhos desfeitos e das pobrezas escondidas.  Há vozes que aclaram o ser,  Macias ou ásperas, vozes de paixão e de domínio,  Vozes de sonho, de maldição e de doçura.  Os ombros eram estreitos,  Ombros humildes que não conhecem as horas de fogo do  amor inconfundível,  Ombros de quem não sabe caminhar,  Ombros de quem não desdenha nem luta,  Ombros de pobre, de quem se esconde,  Ombros tristes como os cabelos de

Hélio Ribeiro - Cidade de São Paulo

Minha homenagem a São Paulo (capital), a amada terra onde nasci. ''Sou paulistano, sou neto de italiano, Como pizza e macarrão mas adoro o meu feijão. Eu sou paulistano, gosto de preto e branco. Tenho conta só num banco, o meu saldo não é bom. Trabalho muito mas o meu pão é abençoado. Nada tenho de roubar, eu tenho paz no coração. Sou paulistano, sou amigo dos amigos, sou amor do meu amor e irmão do meu irmão. Não sou pilantra como aquele engravatado cuja a arma é a caneta, o famoso picareta professor de enganação. Sou paulistano, tenho lá os meus defeitos por que ninguém é perfeito, eu gosto de futebol, eu bato uma bola com os amigos no campinho, como fritas com chopinho mas não embriago não. Sou paulistano, eu amo esta minha terra onde luto a minha guerra em busca da nossa paz. Se de repente a cabeça não tá boa endireito a canoa e vou remando devagar. Sou paulistano,  vem